A diarista Lauana Campos, 28 anos, ama o que faz e trabalha diariamente, em Curitiba e região, para que seus clientes também amem o que ela faz. Palavras dela. E não parece ser uma missão difícil gerar esse amor, já que as fotos do antes e depois da limpeza pesada, nas redes sociais, mostram que a Lauana não é de brincadeira. As postagens chamam a atenção não só pelas imagens das limpezas que parecem impossíveis, mas pela forma de “vender o serviço”, parecido com o que se faz nos Estados Unidos. A Tribuna descobriu que o “sucesso” não é por acaso. Há cinco anos, a Lauana resolveu inovar na forma de trabalhar como diarista. A criatividade dela e a coragem de mudar vêm dando resultado.
“Nunca morei nos Estados Unidos, é até um desejo ir pra lá. Quem sabe um dia. Mas eu sou uma pessoa que batalha. Eu sigo a diarista Verlene Moura no Youtube. Veja vários vídeos dela trabalhando nos Estados Unidos e dando dicas. Procuro aprender e me inspirar. Já faz uns cinco anos que é assim”, conta a Lauana Campos, que não nega a história de vida difícil. “Sempre trabalhei desde novinha. Catei latinha, vendi casquinha na beira da praia, trabalhei em supermercado e até Uber eu tentei. Mas onde me dou bem é como diarista”, explica.
Na linguagem popular, Lauana apavora nas redes sociais. As fotos que ela posta para mostrar seu trabalho deixam qualquer um que tenha toque com limpeza de cabelo em pé. Uma foto de um fogão, por exemplo, postada recentemente, gerou comentários do tipo: “Misericórdia, que nojeira esse fogão”, “Te digo que ela limpou”. “Eu posto sobre meu serviço porque a profissão não é fácil. Tem muita gente que gosta do trabalho, mas diarista ainda é tratada como se não fosse nada no Brasil. Então, ninguém fica lembrando de te indicar. A gente tem que correr com nossas próprias pernas”, conta a guerreira. Dá só uma olhada:

A família de Lauana é de Matinhos, Litoral do Paraná. A mãe ainda mora lá. Mas ela veio tentar a vida em Curitiba. “Eu trabalho onde me chamarem. Litoral, Curitiba ou região metropolitana. Eu gosto é de viajar, estar na rua indo de um trabalho no outro. Minha vida tem história. Eu me sinto uma senhora de 60 anos por tudo que já ei, mas tenho 28 e sou cheia de energia”, brinca.
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A vida de diarista começou a mudar quando o plano de negócios se modificou. A diária que girava em torno de R$ 100, às vezes até R$ 50 por não se valorizar, aumentou quando o preço foi sendo feito por serviço. “Também pela qualidade. Eu sou muito boa no que faço. Hoje, a diferença é que sei me valorizar, não tenho medo de colocar o preço. O cliente sai satisfeito”, explica. O planejamento de trabalho inclui só ir embora quando o serviço acaba, não cobrar a mais por uma ajudante que quase sempre está com ela e ter sempre os materiais de limpeza dentro do carro. “Só não tenho escada, o resto eu tenho tudo. O cliente não precisa se preocupar se ele não tiver alguma coisa”, destaca a Lauana.
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