POR Ana Tereza Motta
Um ano após ser sancionada, a lei que multa os fura-catracas em Curitiba ainda não está em vigor. A proposição do vereador Rogério Campos (PSC) foi aprovada pela Câmara Municipal em maio do ano ado, mas a prefeitura ainda não criou mecanismos de fiscalização. O autor da medida afirma que esteve reunido com o prefeito Rafael Greca há poucos dias.
“O prefeito pediu para o secretário tomar nota do assunto e ver como está a situação. Nos próximos dias vou cobrar uma posição da prefeitura”, afirma. A regulamentação ficou por conta do Executivo. “A intenção não é a prefeitura ganhar dinheiro com isso, e sim acabar com essa prática na cidade”, explica.

A lei prevê uma multa equivalente a 50 agens de ônibus (R$ 212,50), dobrada em caso de reincidência. A lei considera invasor do transporte coletivo a pessoa que pula a catraca ou entra no ônibus pela lateral da plataforma da estação-tubo e pelas portas traseiras, destinadas ao desembarque.
A fiscalização deverá ser feita pela Guarda Municipal, através de ronda e denúncias através do 156. O invasor será autuado e levado à delegacia, e para ser liberado terá que pagar a multa. Caso o infrator tenha menos que 18 anos, o pagamento caberá a seus responsáveis. “Muitos pais sabem disso e deixam correr solto. Geralmente o pai dá o dinheiro da agem e os adolescentes abusam”, ressalta o vereador.

Prática constante
Não é preciso muito esforço para flagrar os estudantes fura-catracas. A equipe do Caçadores de Notícias presenciou várias invasões na estação-tubo Morretes, em frente ao Colégio Estadual Pedro Macedo, localizado na Avenida República Argentina, Portão. De acordo com um cobrador, que não quis de identificar, a prática acontece todos os dias. “São 30, 40 por dia, e eu não posso fazer nada porque não posso sair daqui”. Ele acredita que a Guarda Municipal deveria estar na saída do colégio. “Tem que pedir para colocar fiscalização porque todos os dias é assim” conclui o cobrador.
A atitude chama a atenção já que, segundo a Urbs, cerca de 19 mil estudantes têm e livre, que dá direito ao pagamento da metade da tarifa. Quem paga a agem não concorda com as invasões. “Eu acho que é falta de educação. Às vezes embarcam quatro, cinco de uma vez só”, conta o aposentado Pedro Ludovico, 69. Para o estudante Welington Haashein, 24, se isso não acontecesse, a agem poderia ser mais barata. “É uma situação ruim. Por que todo mundo tem que pagar, menos eles"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238
l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>