Nesta terça-feira (29), professores e educadores da rede estadual participaram de uma manifestação para marcar os dez anos do episódio de repressão policial ocorrido no Centro Cívico, em Curitiba. A eata começou às 9h, na Praça Tiradentes, e seguiu até a Praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio Iguaçu. Em 29 de abril de 2015, 200 pessoas ficaram feridas num confronto entre policiais e professores.
Ao final do percurso, os manifestantes se reuniram na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) para apresentar as reivindicações da categoria aos deputados. A principal pauta foi a correção salarial com base na inflação, prevista na data-base.
Segundo a presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto, o protesto também teve como objetivo denunciar outras situações enfrentadas pelos profissionais da educação. “Estamos vivendo mais um período difícil, em que o governo tem agido com dureza contra nossa categoria nas escolas, mas seguimos firmes e determinados para resistir”, afirmou.

Último reajuste da data-base foi em 2016
No Paraná, a data-base para o reajuste dos salários dos professores estaduais é 1º de maio, conforme estabelece a Lei Estadual nº 15.512/2007. O objetivo é corrigir os vencimentos conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), compensando as perdas inflacionárias.
A legislação da data-base ou por reajuste pela última vez em 2016. Atualmente, o sindicato alega que o governador do estado, Ratinho Júnior (PSD) tem se recusado a abrir diálogo ou apresentar propostas efetivas de recomposição salarial. A defasagem acumulada desde 2016, de acordo com a entidade, chega a aproximadamente 47%.
Além da correção dos vencimentos e da equiparação com outras carreiras do Executivo, os educadores exigem a garantia das 7 horas-atividade nas escolas, o fim do processo de privatização da rede estadual, a extinção do programa de escolas cívico-militares e a realização de eleições para a escolha de diretores escolares em todas as escolas da rede estadual.



Em 25 de abril de 2015, mais de 200 pessoas foram feridos no confronto
Em 29 de abril de 2015, professores e servidores da educação foram reprimidos de forma violenta pela Polícia Militar, sob ordens do então governador Beto Richa (PSDB) e do ex-secretário de Segurança Pública Fernando Francischini, durante um protesto no Centro da cidade.
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