Varejo

Flagrantes de furtos nas redes: tática polêmica vira moda em Curitiba

Foto: reprodução / vídeo Instagram @redecondor.

Uma nova tendência está ganhando força entre os varejistas da capital paranaense e região: a divulgação de vídeos com flagrantes de furtos nas redes sociais. Com o lema “Quem não quer aparecer aqui, é só não furtar”, grandes redes e mercados locais estão adotando essa estratégia ousada para combater o alto índice de crimes em suas lojas.

A iniciativa, que começou com gigantes do varejo como a Havan, já chegou aos estabelecimentos de Curitiba. Os vídeos, que mostram flagrantes de pessoas de todas as idades e perfis cometendo furtos, têm gerado grande repercussão online e, segundo as empresas, resultados significativos na redução dos crimes.

A Havan, por exemplo, relatou uma queda de 50% nos casos de furto após o lançamento da campanha “Amostradinhos do Mês” no primeiro semestre de 2024. Os vídeos da rede alcançam uma média impressionante de 25 milhões de visualizações cada, totalizando mais de 100 milhões de views apenas neste ano.

Assista aos flagrantes da rede Condor no Instagram oficial da marca

Seguindo a mesma linha, a rede de supermercados Condor, com forte presença no Paraná, também aderiu à estratégia. Desde o segundo semestre do ano ado, a empresa vem publicando vídeos semelhantes em seu perfil no Instagram, atingindo uma média de 500 mil reproduções por publicação.

O sucesso da tática tem inspirado estabelecimentos menores em Curitiba a adotarem a mesma abordagem, embora com alcance mais modesto. A estratégia, no entanto, não está livre de controvérsias. A Havan, por exemplo, já enfrentou processos por danos morais devido à divulgação das imagens, mas afirma não ter tido nenhuma decisão judicial contrária até o momento.

As empresas justificam a medida como uma resposta à ineficácia dos métodos tradicionais de combate aos furtos. Segundo a Havan, mesmo com flagrantes e ações policiais, os casos continuavam ocorrendo devido à falta de punição efetiva. A exposição pública seria, portanto, uma forma de chamar a atenção da sociedade e das autoridades para o problema.

Apesar da polêmica, as redes garantem que cada caso é avaliado cuidadosamente antes da divulgação, envolvendo equipes de prevenção, auditoria e o departamento jurídico. O debate sobre a eficácia e a ética dessa estratégia promete continuar aquecido entre os curitibanos, enquanto os números de furtos nas lojas locais seguem em queda.

Leia a matéria completa na Gazeta do Povo

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