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Paraná tem média de um caso de acidente de trânsito com feridos a casa 5 minutos

Paraná foi o campeão em internações geradas por acidentes de trânsito com 98.539 casos em 2024. Foto: Arquivo/Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Os acidentes de trânsito impactam diretamente em todos os brasileiros, e não somente nas pessoas que sofrem o impacto de uma colisão ou queda em uma motocicleta. No Paraná, somente em sinistros envolvendo motos em 2024 resultou no custo estimado de R$ 13,4 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Um levantamento das Associações Brasileiras de Medicina do Tráfego (Abramet) e Medicina de Emergência (Abramede), realizado para a campanha Maio Amarelo 2025, o mês de conscientização pela saúde e segurança no trânsito, mostrou que na região sul do Brasil, o Paraná foi o campeão em internações com 98.539 casos, seguido por Santa Catarina com 71.794.

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O número assusta se considerar uma média de 269 pessoas por dia que são internadas por sinistros no Paraná, ou seja, 11 pessoas ficam ferida por hora ou um caso ocorre a cada 5 minutos e 20 segundos.

Os números não chegam a bater em um levantamento divulgado pela Secretária Estadual da Saúde (Sesa). Segundo o órgão paranaense, os acidentes envolvendo motociclistas concentram o maior número de internações com 8.007 casos. Os números devem ser maiores, pois em alguns casos, a vítima não precisou de atendimento ou buscou ajuda com amigos.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforça que os dados evidenciam a necessidade de ações integradas e afirma que os acidentes de trânsito são uma epidemia no território nacional.

“Vivemos uma epidemia de violência no trânsito. Ela é diferente de outras como a dengue ou doenças, e que pode ser reduzido. Cada sinistro representa uma vida impactada, uma família abalada e um custo elevado para o sistema público de saúde. A segurança no trânsito é, antes de tudo, uma questão de saúde pública. Estamos comprometidos em salvar vidas e promover uma verdadeira cultura de paz nas ruas e estradas do Paraná. A prevenção e a conscientização são os caminhos mais eficazes para mudar esse cenário”, afirmou Beto Preto.

Acidentes envolvendo motociclistas concentram o maior número de internações com 8.007 casos. Foto: Arquivo/Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Custo próximo de R$ 1 milhão apenas em 2025

Em 2025, até o começo da última semana, foram 573 internações com motociclistas no Paraná, totalizando R$ 838 mil em despesas. As faixas etárias mais afetadas são adultos entre 30 e 59 anos, seguidos por jovens de 15 a 29 anos.

Curitiba foi a cidade campeã de acidentes com motos em 2024. De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a capital registrou mais de sete mil acidentes com motocicletas, ou seja, uma média de 19 ocorrências por dia. Vale reforçar que o tamanho da frota teve um aumento de 47 mil motos em circulação de 2023 para 2024.

Mortes em Curitiba

Em 2024, Curitiba registrou 141 mortes em acidentes, uma queda de 5,4% em relação a 2023, com a menor quantidade de mortes desde 2011, mas ainda assim preocupante. Foram 32 mil sinistros, ou seja, a cada 16 minutos no trânsito ocorre um acidente.

Um cruzamento na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) é o que mais registrou acidentes em 2024. O trecho, entre a Rua Eduardo Sprada e Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, teve 70 sinistros de trânsito no ano ado. O segundo mais perigoso é na Tibagi x Avenida Visconde de Guarapuava com 64 acidentes, segundo Batalhão de Polícia de Trânsito (Bptran). A maior parte dos acidentes foram colisões traseiras e laterais, o que possivelmente faltou atenção aos motoristas.

Mesmo com a queda no número de mortes no trânsito em Curitiba, que já chegou a 300 há dez anos, a conscientização e o trabalho educativo são fundamentais para a educação do próprio motorista.

“”Essas pessoas que perderam as vidas no trânsito fazem falta para a sociedade, mas principalmente fazem falta para as suas famílias. Precisamos continuar lutando por mais educação, conscientizar os motoristas de que é fundamental respeitar a sinalização e as normas para chegar bem e com segurança e assim alcançarmos morte zero no trânsito”, avaliou o superintendente de Trânsito da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito, Bruno Pessutti.

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