Morreu, aos 88 anos de idade, o Papa Francisco, na madrugada desta segunda-feira, 21 de abril. O pontífice estava desde o início do ano com a saúde fragilizada por complicações respiratórias e ficou cerca de 40 dias hospitalizado para tratar um pneumonia bilateral, mas retornou para casa no fim de março.
Durante a Páscoa, Francisco chegou a circular pela Praça de São Pedro de papa móvel. O papa sofria desde novo com problemas deste respiratórios — quando tinha 21 anos, teve o lobo superior do pulmão direito removido após uma pneumonia grave.
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O Vaticano anunciou a morte do pontífice com uma mensagem. Veja na íntegra:
“Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”, anunciou Sua Eminêcia cardeal camerlengo Kevin Farrell.
“Irmãos e irmãs, boa noite. Vocês sabem que o dever do conclave era dar um bispo a Roma, e parece que os meus irmãos cardeais foram buscá-lo no fim do mundo. Mas aqui estamos.”
Morto nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, o argentino Jorge Mario Bergoglio já deixava claro em seu primeiro pronunciamento como papa Francisco, em 13 de março de 2013, que faria um pontificado incomum. Desde o coloquial “boa noite”, nada típico entre os pontífices anteriores, à ideia de que ele seria, no fundo, apenas o bispo de Roma, não um monarca clerical. E assim foi até um quadro de pneumonia bilateral do qual não conseguiu se recuperar totalmente encerrar seu período de quase 12 anos à frente da Igreja Católica.
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Os problemas respiratórios, aliás, foram recorrentes em sua vida –em 1957, quando era apenas um padre, uma inflamação na membrana que reveste o pulmão fez com que ele tivesse parte do órgão direito removida.
A impressão de vanguardismo seria confirmada diversas vezes ao longo dos anos, embora o primeiro papa do continente americano tenha ficado longe de ser um revolucionário ou radical. Francisco, de certo modo, deixou para trás o rigor doutrinal de seus antecessores imediatos, Bento 16 e João Paulo 2º, sem que isso implicasse alterações claras na tradição católica. Preferiu atuar de modo indireto e gradual, dando início a processos de transformação sem esperar que fosse possível determinar com exatidão o resultado deles.
Poucos esperavam que Bergoglio se tornasse um pontífice “fora do script”, embora a chance de que ele pudesse chegar um dia ao trono de Pedro já estivesse clara pelo menos desde 2005, quando foi o segundo mais votado do conclave que transformou o cardeal alemão Joseph Ratzinger em Bento 16 –depois de algumas votações, conta-se que ele teria pedido a seus eleitores para transferirem seu apoio a Ratzinger.
Durante seus anos como sacerdote jesuíta, bispo e arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio tinha adquirido uma reputação de figura relativamente apagada, conservadora e um tanto rígida. Antes de pronunciar, já como papa, a célebre frase “Quem sou eu para julgar"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721
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