O Instituto Água e Terra (IAT) divulgou nesta terça-feira (06) os resultados da 1ª Operação de Combate ao Desmatamento Ilegal da Mata Atlântica no Paraná em 2025. A ação, realizada entre 27 de abril e 04 de maio, abrangeu 27 municípios nas regiões de Francisco Beltrão e Pato Branco, no Sudoeste do estado.
A megaoperação resultou em 141 Autos de Infração Ambiental (AIA), totalizando R$ 2.218.600,00 em multas. Além disso, uma área de 244,13 hectares foi embargada, equivalente a 244 campos de futebol.
Antonio Carlos Cavalheiro Moreto, coordenador da força-tarefa e chefe do escritório regional do IAT em Maringá, explicou a operação. “Ela se concentrou em uma região de pequenas propriedades rurais, característica do Sudoeste do Paraná, e teve como objetivo reduzir o número de alertas de desmatamentos observados pelo Instituto Água e Terra”, disse.
A ação contou com 20 servidores de diversos núcleos regionais do IAT, além do apoio de drones e do helicóptero do Centro de Operações Aéreas (COA) do Instituto.
Resultados expressivos no combate ao desmatamento
O Paraná tem alcançado avanços significativos na luta contra o desmatamento ilegal. Nos últimos quatro anos, houve uma redução de 95,2% na supressão da Mata Atlântica, ando de 6.939 hectares em 2021 para 329 hectares em 2024.
A regional de Francisco Beltrão se destacou com uma queda de 98% no desmatamento, seguida pelo Litoral e Pato Branco, ambas com 96% de redução.
Álvaro Cesar de Goes, gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, ressaltou como a tecnologia tem ajudado na punição dos infratores. “Com o apoio de ferramentas tecnológicas, conseguimos identificar e punir os infratores com uma maior rapidez. Isso nos possibilita realizar operações de rotina e planejadas, atuando por terra, água e também com apoio aéreo”, revelou.
Denúncias e penalidades
O desmatamento ilegal é considerado crime ambiental, sujeito a penalidades istrativas e processos criminais. As multas aplicadas são integralmente readas ao Fundo Estadual do Meio Ambiente.
A população pode contribuir denunciando crimes ambientais através do Disque-Denúncia 181 ou do serviço de Ouvidoria do IAT.
