O governo montou uma espécie de “gabinete de crise” para acompanhar as manifestações de hoje. No Planalto, os últimos dias foram batizados de “semana do fim do mundo”. Da I da Petrobras às vaias dirigidas a Dilma Rousseff, em São Paulo, tudo parece conspirar contra a presidente.

Pesquisas internas mostram uma deterioração maior da imagem de Dilma. Sua popularidade está em queda livre e, com apenas dois meses e meio de segundo mandato, ela perde apoio em todas as camadas da população, e não só na classe média.

O receio do governo, nas manifestações de hoje, é com o quebra-quebra, o vandalismo e o aumento do tom contra Dilma.

Auxiliares da presidente item que o cenário político atual é “muito pior” do que o de junho de 2013, quando ocorreram vários protestos pelo País. O diagnóstico reservado é um só: diante de uma rebelião na base aliada do governo e do mau humor dos eleitores, qualquer fagulha pode se espalhar como fogo no canavial.

Levantamentos em poder do governo indicam que a população não aguenta mais tanta denúncia de corrupção, lamenta a perda de prestígio da Petrobras, reclama da inflação e associa a classe política à roubalheira.

Prontidão

Surpreendida com o “aço” do último domingo, quando fazia um pronunciamento no rádio e na TV – no qual pediu “paciência” com a crise -, Dilma convocou os ministros que compõem a coordenação do governo para ficarem de prontidão, hoje, em Brasília. À noite haverá uma reunião da presidente com os auxiliares, no Palácio da Alvorada, que servirá de termômetro para os próximos os.

A manifestação de sexta-feira, puxada por CUT, MST, UNE e movimentos sociais, foi vista no Planalto com alívio. “Foi um movimento pacífico, mesmo em São Paulo”, observou Miguel Rossetto, ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Os motes daqueles atos eram a defesa da Petrobras, dos direitos trabalhistas e da reforma política.

A expectativa é que o maior foco do protesto de hoje também esteja em São Paulo, Estado governado pelo PSDB e reduto anti-PT.

Em jantar com Dilma no Alvorada, terça-feira ada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aconselhou a sucessora a lançar o mais rápido possível uma “agenda do crescimento”, para se contrapor às medidas amargas do ajuste fiscal. “Até hoje nós não sabemos o que aconteceu em junho de 2013. E se todo o protesto contra tudo o que está aí vier agora com mais força"M627.409,331.563L512.604,306.07c-44.69-9.925-79.6-46.024-89.196-92.239L398.754,95.11l-24.652,118.721 c-9.597,46.215-44.506,82.314-89.197,92.239l-114.805,25.493l114.805,25.494c44.691,9.924,79.601,46.024,89.197,92.238 l24.652,118.722l24.653-118.722c9.597-46.214,44.506-82.314,89.196-92.238L627.409,331.563z"/>