A terapia ocupacional desempenha um papel fundamental na reabilitação de pessoas com limitações motoras, cognitivas, sensoriais e emocionais. Sua atuação é ampla e abrange diferentes faixas etárias, desde recém-nascidos até idosos que convivem com condições neurológicas, ortopédicas, musculoesqueléticas, transtornos do neurodesenvolvimento, além de questões emocionais e sociais.
O atendimento é realizado por profissionais especializados e, muitas vezes, envolve também uma equipe composta por outros especialistas da saúde, como fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas. Essa abordagem multidisciplinar permite a construção de um plano de reabilitação completo, focado nas necessidades e nos objetivos de cada paciente.
“As atividades propostas incluem exercícios motores, jogos cognitivos e tarefas de autocuidado. Também simulamos situações reais do dia a dia do assistido, como ir à escola, trabalhar ou realizar tarefas domésticas, para que ele consiga aplicar essas habilidades fora do consultório”, detalha Tainá de Castro, coordenadora do setor de Terapia Ocupacional da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR).
A seguir, a especialista compartilha 6 benefícios que a terapia ocupacional pode oferecer ao dia a dia dos pacientes. Confira!
1. Mais independência no dia a dia
O tratamento auxilia o paciente a voltar a realizar, de forma independente, tarefas básicas como tomar banho, se vestir, cozinhar e cuidar da casa. Mesmo que seja necessário adaptar essas atividades, o ganho de independência e qualidade de vida é significativo.
2. Recuperação física e mental
Durante as sessões, são desenvolvidas habilidades motoras e cognitivas por meio de atividades direcionadas. O objetivo é melhorar aspectos como força, coordenação, equilíbrio, memória, atenção e organização — fundamentais para a recuperação após traumas, AVC (acidente vascular cerebral) ou em casos de doenças neurológicas.

3. Mais bem-estar e autoestima
O foco está nas atividades que fazem sentido para cada pessoa: um hobby, o convívio com a família, o trabalho ou a vida social. Retomar essas experiências contribui diretamente para o bem-estar emocional e fortalece a autoestima.
4. Ambientes mais seguros e funcionais
Com ajustes simples no local onde o paciente vive ou trabalha, é possível trazer mais conforto e segurança. Entre as recomendações, estão a reorganização de móveis, instalação de barras de apoio e o uso de dispositivos que facilitem o dia a dia.
5. Uso de tecnologias assistivas
Outro diferencial da profissão está no uso de tecnologias assistivas — ferramentas, dispositivos e estratégias que facilitam a realização de tarefas do cotidiano por pessoas com limitações funcionais. Esses recursos vão desde soluções simples, como talheres adaptados e barras de apoio, até tecnologias mais avançadas, como softwares de comunicação e cadeiras de rodas motorizadas.
6. Inclusão social e profissional
O processo terapêutico também trabalha habilidades sociais, emocionais e funcionais, essenciais para quem deseja voltar à escola, ao trabalho ou se integrar melhor à comunidade. A ideia é promover mais participação e dignidade em todos os contextos da vida.
Por Nicole Loureiro
