Caso de polícia

Advogado diz que Ronaldinho está chocado e não é perito em documentos

Ronaldinho teve que se explicar pra polícia no Paraguai. Foto: Reprodução/Twitter

O advogado paraguaio Adolfo Marín, contratado por Ronaldinho Gaúcho, 39, que está sob investigação em Assunção por suspeita de usar documentos adulterados, disse que o brasileiro está chocado e disposto a colaborar com as autoridades.

As declarações foram concedidas ao jornal ABC Color na manhã desta quinta-feira (5), antes do início de uma audiência do caso.

“O Ronaldinho está chocado e ainda não entende o que aconteceu”, disse Marín ao ABC Color.

Marín afirmou que Ronaldinho poderia ter entrado no país sem nenhum problema com sua carteira de identidade (por causa de acordo entre países do Mercosul) ou mesmo aporte, que recuperou após acordo com a Justiça em setembro do ano ado.

“Ele não é um perito em documentos. Teria acreditado que esses documentos (paraguaios com informações adulteradas) lhe foram entregues como cortesia, de maneira honrosa”, declarou. “Eles saíram do avião com rapidez, solicitaram a eles o aporte, entregaram e tudo começou.”

Sérgio Queiroz, advogado que defende Ronaldinho, está no Brasil e contratou Marín e Alcides Cáceres.

Por volta das 21h desta quarta (4), integrantes da Polícia Nacional, do Ministério do Interior e do Ministério Público foram até a suíte onde eles estavam hospedados, no hotel Yacht y Golf Club, em Lambaré, nas proximidades de Assunção. Lá, afirmam ter encontrado aportes e cédulas de identidade paraguaias falsas nos nomes de Ronaldinho e Assis.

Eles permaneceram a noite no hotel, sob custódia, e foram à sede da Promotoria contra o Crime Organizado para depor na manhã desta quinta-feira. Os documentos foram apreendidos, assim como celulares.

Os números dos documentos apreendidos pertencem a outras pessoas, segundo o promotor do caso, Federico Delfino, que concedeu entrevista à imprensa paraguaia na manhã desta quinta.

De acordo com ele, o aporte foi expedido em janeiro deste ano, e as cédulas de identidade, em dezembro do ano ado.

“Foi feita a checagem da documentação e chamou a atenção. Para obter nacionalidade paraguaia ou ser um cidadão paraguaio naturalizado, é preciso estar vivendo durante um tempo no país. E ter um trabalho, todas essas coisas. Ronaldinho é uma pessoa de fama mundial. Os números dos aportes pertencem a outras pessoas. São aportes originais, mas com os dados apócrifos”, disse Delfino.

Ele declarou que os brasileiros terão de permanecer à disposição da Justiça por tempo indeterminado.

O ex-atleta teria viajado ao Paraguai para o lançamento do livro “Gênio da Vida” e participaria também de eventos beneficentes organizados pela Fundação Fraternidade Angelical. Ele havia sido recebido com festa na chegada ao país, incluindo escolta policial no aeroporto.

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