Em meio à politização da vacinação contra a covid-19 e com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) capitaneando discurso antivacina, o Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (16) a inclusão da Coronavac, do Butantan, em uma lista chamada de “adesão do Brasil às vacinas”.
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A lista cita a vacina de Oxford, a da Pfizer, Bharat Biotech, Moderna e Janssen, além do consórcio da Covax Facility, da OMS. O anúncio se deu no Palácio do Planalto durante cerimônia para apresentação de uma nova versão do plano nacional de imunização.
Apesar da inclusão, o governo não informou se há um acordo fechado com o Butantan. Na apresentação, o secretário de vigilância, Arnaldo Medeiros, citou que a lista envolve acordos e memorandos de intenção para possível compra futura. “Dependendo da eficácia e segurança, o país, sim, vai comprar vacinas”, disse Medeiros.
Campanha de comunicação para vacinação
O ministério também disse lançar nessa quarta a primeira fase de uma campanha de comunicação para vacinação. O objetivo é esclarecer sobre a segurança e eficácia das vacinas.
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Em uma segunda fase, Medeiros disse que a campanha vai dizer que “a vacinação contra covid-19 é o Brasil em ação pela sua proteção”, mensagem que vai na direção oposta ao discurso de Bolsonaro, que afirmou nesta semana que não iria se vacinar e que quer incluir a obrigatoriedade num termo de responsabilidade para quem optar por tomar o imunizante. “Iremos convocar os grupos a serem vacinados a ir aos postos de vacinação”, afirmou o secretário.
O governo anunciou também um montante maior investido na aquisição de 300 milhões de agulhas e seringas. Agora são R$ 80,5 milhões. Antes eram R$ 62 milhões.
Plano de imunização
O lançamento da nova versão do plano de imunização ocorre em meio a críticas de especialistas sobre atrasos na organização da estratégia pelo governo federal. A cerimônia desta quarta-feira teve como mote “Brasil imunizado – somos uma só nação”. Essa é a segunda versão do documento. Um plano preliminar já havia sido enviado no sábado (12) ao Supremo Tribunal Federal, sem, contudo, apontar datas nem previsões mais exatas para o início da vacinação.
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O documento estimava em cerca de 108 milhões as doses necessárias para a vacinação de trabalhadores da saúde, idosos e pessoas com doenças associadas –tidos como grupo prioritário de vacinação. A previsão da pasta é que as doses para a população prioritária cubram 51 milhões de brasileiros –menos de um quarto da população, hoje em 212 milhões de habitantes.
O ministério também chegou a dizer nessa versão anterior do documento ter a “intenção” de ofertar a vacina para toda a população sem, contudo, dar mais informações de quando poderia ocorrer e de que maneira isso seria organizado.
A falta de informações levou o ministro Ricardo Lewandowski a dar 48h para a pasta informar a previsão de início e fim da vacinação.
Nesta terça, o Ministério da Saúde informou ao STF que pretendia vacinar toda a população em até 16 meses, sendo quatro meses para grupos prioritários e 12 meses para o restante da população.
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