Na Grande Curitiba

Homem é condenado a 48 anos de prisão por mandar matar casal após festa neonazista

Bernardo Dayrell Pedroso e Renata Weachter Ferreira
Bernardo Dayrell Pedroso e Renata Weachter Ferreira foram assassinados após uma festa que reuniu neonazistas em um chácara na zona rural do município da Região Metropolitana de Curitiba. Foto: Arquivo Pessoal.

Ricardo Barollo, apontado como mandante da execução do casal Bernardo Dayrell Pedroso e Renata Weachter Ferreira, foi condenado a 48 anos e nove meses de reclusão pelo Tribunal do Júri de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na quinta-feira (22). O crime, ocorrido em 2009, teria sido motivado por uma disputa pelo comando de um grupo neonazista.

Até o momento, sete pessoas envolvidas no caso já foram submetidas a júri popular. Em março, dois homens foram condenados a penas de 35 anos, 2 meses e 15 dias, e 32 anos, 3 meses e 15 dias de reclusão, respectivamente.

De acordo com o promotor de Justiça Danillo Pinho Nogueira, o julgamento transcorreu conforme o esperado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). “Não tínhamos dúvidas de que o acusado seria o mandante deste delito, ao contrário da tese defensiva, que era negativa de autoria. Os jurados entenderam, acolhendo a sustentação do Ministério Público, que teve um apoio do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (Gajuri)”, afirmou.

O júri reconheceu duas qualificadoras apontadas na denúncia: motivo torpe, relacionado à disputa pelo comando do grupo, e surpresa, recurso que dificultou a defesa das vítimas já que os criminosos se aram por conhecidos do casal.

Relembre o caso

O crime ocorreu em 21 de abril de 2009. O casal Bernardo Dayrell Pedroso e Renata Weachter Ferreira foi assassinado após participar de uma festa realizada em uma chácara no município, cujo tema era os 120 anos do nascimento de Adolf Hitler. A execução teria sido ordenada pelo réu condenado nesta quinta-feira.

Os demais envolvidos teriam agido de forma conjunta e coordenada para viabilizar o crime. Conforme a investigação, eles atuaram para que as vítimas deixassem o local da festa. O casal saiu do evento em um carro pela rodovia BR-116, acompanhado por um dos denunciados.

Outro veículo, conduzido por outro acusado, interceptou o carro das vítimas, forçando-o a parar no acostamento na altura do quilômetro 6 da BR-116, sentido Curitiba – São Paulo, no município de Quatro Barras, também na RMC. Na mesma noite, algumas prisões foram efetuadas e suspeitos chegaram a confessar participação no crime, mas todos foram liberados posteriormente.

A Tribuna tenta contato com a defesa de Ricardo.

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