A Linha Verde de Curitiba tem preocupado autoridades devido ao crescimento no número de acidentes. De janeiro a abril de 2025, a Guarda Municipal (GM) registrou 153 acidentes de trânsito com vítimas ou danos materiais significativos, representando o aumento de 21% ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 126. A Linha Verde liga a cidade do sul ao norte, desde o Pinheirinho até Atuba, ando por 22 bairros.
Os dados foram reados essa semana na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) pelo supervisor Edison Bretas Júnior, que integra o Grupo de Fiscalização de Trânsito (Gtran) da Guarda Municipal.
Ao todo, desde o controle da Guarda Municipal sobre o trecho urbano da Linha Verde, foram 985 sinistros com vítimas, um volume considerado alto para os 22 quilômetros de extensão de cada lado da via. Dos acidentes, 79 foram atropelamentos, sendo 67 na pista normal, 10 na faixa exclusiva de ônibus e 2 nas marginais. O levantamento também identificou ocorrências com ciclistas em locais inadequados. “Flagramos 14 ciclistas na faixa do transporte coletivo, 12 na pista principal e 2 nas marginais. Desde 2023, foram 28 mortes, das quais 10 eram pedestres, 9 motociclistas, 3 motoristas, 3 ageiros e 2 ciclistas”, informou Bretas.
Acidentes poderiam ser evitados
Diferente do que se imagina, a grande parte dos acidentes ocorrem durante o dia e quando não se tem pista molhada. “O dado mais surpreendente é que a maioria dos sinistros ocorre de dia, com céu claro e pista seca. Isso revela claramente que a desatenção é hoje o principal fator de risco no trânsito”, destacou Bretas.
As colisões mais comuns são as traseiras e as laterais, com os dois veículos no mesmo sentido da via, geralmente causadas pela falta de atenção dos condutores. Entre os pontos críticos de Curitiba, duas vias se destacam pela quantidade de acidentes: a Avenida Comendador Franco, conhecida como Avenida das Torres, e a Juscelino Kubitschek de Oliveira, no CIC.
Curitiba tem uma frota registrada de 1,6 milhão de veículos, número que se aproxima do total de habitantes, estimado em 1,8 milhão. Mais da metade são automóveis, com 1,013 milhão de carros registrados junto ao Detran-PR, depois vêm as motocicletas (209 mil), caminhonetes (122 mil), camionetas (99 mil) e os caminhões (40 mil).
