O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, fez nesta terça-feira (12) um apelo para que os consórcios vencedores dos dois leilões das usinas hidrelétricas do Rio Madeira – Santo Antonio e Jirau – parem com as disputas. Ele informou que vai se reunir ainda esta semana com representantes dos dois consórcios vencedores – liderados por Furnas/Odebrecht e Suez – para tentar fazer com que os empresários cheguem a um entendimento que encerre a batalha que vêm travando nos bastidores. “Este é um momento mais para engenheiros do que para advogados. Precisamos iniciar as duas obras”, disse Lobão, após participar da cerimônia de do contrato de concessão de Jirau, no Palácio do Planalto.
O consórcio liderado por Furnas e Odebrecht, vencedor de Santo Antonio, vem se desentendendo com o consórcio capitaneado pelo grupo da multinacional sa Suez, vencedor de Jirau, por conta da proposta deste último de mudar em nove quilômetros o local onde a hidrelétrica será construída. O consórcio da Odebrecht cogita inclusive ir à Justiça para questionar essa mudança. “Nós estamos assistindo a uma disputa entre os empresários. O governo brasileiro não vai itir que a população seja prejudicada pela disputa entre os dois consórcios”, disse Lobão, afirmando que falava em nome de todo o governo.
A usina de Jirau foi arrematada pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil, liderado pela sa Suez Energy. A construtora Odebrecht, integrante do consórcio Madeira Energia, foi vencedora em Santo Antônio e derrotada em Jirau.
Lobão voltou a fazer ameaças de que o governo pode intervir em ambas as usinas e construí-las sozinho, por meio da Eletrobrás, caso a briga entre as empresas vá parar na Justiça atrasando o cronograma. “Eles vão chegar a um acordo, se não chegarem, o governo tem seus meios de agir e fazer com que a obra seja concluída”, disse Lobão.
Petróleo
O ministro também lembrou que, na tarde de hoje, ele presidirá a segunda reunião da Comissão Interministerial que analisa propostas para reformular a legislação do petróleo no País.
