Curitiba se consolida como polo de acolhimento de estrangeiros no Paraná, refletindo uma tendência nacional de crescimento da população imigrante. O Ministério da Justiça e Segurança Pública projeta que o Brasil abrigará mais de 1,8 milhão de estrangeiros até o final deste ano, incluindo residentes permanentes e temporários, fronteiriços, refugiados e solicitantes de asilo.
A capital paranaense destaca-se como a cidade com maior concentração de imigrantes no estado, seguida por Foz do Iguaçu e Cascavel, segundo dados do SisMigra baseados nas solicitações e expedições do Registro Nacional Migratório. O Paraná já recebeu 175.902 migrantes, conforme informações da Polícia Federal.
A maioria dos estrangeiros no Brasil é de origem sul-americana, com destaque para venezuelanos. Somente em 2024, 12.726 venezuelanos chegaram ao país, contribuindo para o aumento significativo da população imigrante.
A Operação Acolhida, iniciativa do governo federal para interiorização de migrantes, teve papel crucial nesse cenário. Até janeiro de 2025, a operação realocou 145.694 migrantes e refugiados para 1.078 municípios brasileiros. Curitiba lidera o ranking nacional de cidades que mais receberam pessoas por meio desse programa, com 8.548 interiorizados.
Em março deste ano, a capital paranaense, junto com Maringá, recebeu um novo grupo de venezuelanos vindos de Boa Vista, Roraima, reforçando seu papel como cidade acolhedora. No cenário nacional, após Curitiba, as cidades que mais receberam migrantes e refugiados pela Operação Acolhida foram Chapecó (SC) com 5.963, São Paulo com 5.961, Manaus com 5.559 e Dourados (MS) com 4.567 pessoas.
Esse fluxo migratório traz novos desafios e oportunidades para Curitiba, demandando políticas públicas eficientes para integração e acolhimento dessa população diversa que agora chama a capital paranaense de lar.
